Dra. Livia Mathias

Atendimento psiquiátrico com empatia, sensibilidade e inclusão

A Síndrome da irmã mais velha e como ela pode afetar a sua saúde mental

Desde cedo, muitas irmãs mais velhas crescem ouvindo frases como “cuida do seu irmão”, “dá o exemplo” ou “você já é grande, precisa ajudar em casa”. 

Mas, o que parece uma simples divisão de tarefas pode esconder algo muito mais profundo: a sobrecarga emocional e mental de quem, sem perceber, assume responsabilidades que não deveria carregar.

O que é a síndrome da irmã mais velha?

Embora não seja um termo clínico, a “síndrome da irmã mais velha” é uma expressão que descreve uma realidade enfrentada por muitos filhos mais velhos, mas, para as mulheres, esse fardo costuma ser ainda mais pesado. Isso porque, historicamente, elas foram colocadas no papel de cuidadoras, dentro de casa, na família e também na sociedade.

Esses padrões, quando repetidos por anos, impactam diretamente a saúde mental, contribuindo para quadros de ansiedade, estafa emocional, dificuldade de se reconectar com os próprios desejos e sentimentos de frustração, como:

  • Incapacidade de estabelecer limites com familiares;
  • Senso de responsabilidade profundo (que vai além da família, muitas vezes se estendendo a outros contextos);
  • Busca incessante pela “perfeição”;
  • Pressão constante para atender às expectativas dos outros;
  • Ser vista como “a responsável”, “a madura”, “a que nunca erra”;
  • Ambição e necessidade de realização constante.


Como saber se sofro com a síndrome da irmã mais velha?

O primeiro passo é observar como você se sente diante das responsabilidades que carrega. Muitas filhas mais velhas cresceram ouvindo que precisavam “dar o exemplo”, cuidar dos irmãos, ser maduras antes do tempo — e isso pode ter criado padrões de comportamento que se mantêm até hoje, mesmo sem perceber.

Se você vive se cobrando, sente que não pode falhar ou tem dificuldade de priorizar suas próprias necessidades, vale parar e se perguntar:

“Por que sinto que sou responsável por tudo e por todos?”

De onde vem essa minha dificuldade de descansar ou relaxar?

Por que sempre acho que preciso “dar conta” de tudo?

Por que me culpo quando priorizo minhas próprias vontades?

Esses questionamentos são importantes porque ajudam a entender como a construção da sua identidade pode ter sido influenciada por esse papel assumido (ou imposto) ainda na infância. Refletir sobre isso é o primeiro passo para aliviar a autocobrança, romper ciclos e construir uma forma mais leve de se relacionar com você mesma e com o mundo.

A partir daí, buscar ajuda profissional pode ser fundamental para reconstruir esse papel de forma mais saudável, entendendo que você não precisa ser responsável por tudo, nem se anular para agradar.

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